sexta-feira
Au Revoir Simone - The Bird of Music
Radiohead - In Rainbows
The Hours - Narcissus Road
The National - Boxer
quinta-feira
É um espaço para exorcizar o ego, e ao mesmo tempo, ou por isso mesmo; Um espaço para exercitar o “voyerismo”, sendo assim e porque escrevo num blog, tenho vontade de tentar misturar as coisas, penetrar nelas e volvê-las, senti-las e saboreá-las.
Se é um espaço para exorcizar os egos, vou desabafar, dizer tudo o que me apetecer, tudo o que chegar à minha cabeça e dela conseguir chegar aos dedos do teclado, sobre ti. Sim sobre tu que lês, não penses que não sinto que lês, eu sei que lês. E é mesmo sobre ti que vou desabafar. Por isto quero conseguir misturar, o exorcismo do meu ego com o extremo prazer do “voyer” que sente ser para ele, a acção.
Quero que apareças na minha vida, ao acaso. E desta vez quero beijar-te.
Preciso olhar nos teus olhos e finalmente sentir amor, carinho e paz.
Sei que temos que falar, não sei que te diga neste momento.
Devíamos ter feito amor um com o outro, hoje estávamos mais próximos.
Se por um segundo conseguisses ver-te, como eu te vejo. Acreditavas na minha paixão.
Foi conturbado o nosso encontro, sinto que estás feliz e gosto disso.
Não entendo o porquê de não conseguir chegar a ti, nem te permitir aqui chegar.
Tenho mesmo muitas saudades tuas, isso é bom, é sinal que foste mesmo muito para mim.
Foi bom dançar contigo.
Quase tudo o que vivi contigo foi uma chatice.
Sei, sinto e acredito que vais estar sempre por perto, e a distância é proporcional.
Fomos amadores, estúpidos, incompetentes, inconsequentes, perdulários, infantis, apaixonados, inseguros, náufragos, sobreviventes, meninos e meninas, um, dois, três, nenhum. E desencontramo-nos.
Já passou imenso tempo desde da última vez que te vi sorrir.
Se a tua irmã, ui, se a tua irmã se tivesse apaixonado por mim, ui, nem sei.
Acho que o momento em que tivemos mais próximos foi no encontro furtivo no comboio da CP em direcção a Cascais, tenho a sensação que nunca tínhamos estado apenas os dois.
É difi-ficil, mas a vida é contínua, e por isso mesmo continua, Verdade estúpida, é assim mesmo a vida.
É difícil mas tu sabes que vale a pena a luta, porque estás do teu lado, porque fazes tudo o que consegues. É complicado não nos irmos a baixo quando parece, parece, parece que tudo corre mal. Tu restas-te, e continuas, é difícil mas tu sabes que vale a pena. O que dizem? São cobardes.
Ainda não nos conhecemos, mas a curiosidade é recíproca.
quarta-feira
Mu-mulher, em mim tu fizeste um estrago
Eu de nervoso tou fi-fi-fi-fi-fi-fi-fi-fi-fi-fi-fi-fi-ficando gago
Mal po-posso com a crueldade da saudade
Que maldade, que maldade, vivo sem afago, sem afago.
Teu teu coração tu tu me entregaste
Mas depois de mim tu toma-ma tu toma-maste
Só só por ter sofri-fri-fri-fri-frido
Tu tu tu tu tu tu tu tens
Um Coração fi-fi-fingido.
Tem pena tem pena tem pena deste moribundo
Que já virou vaga-gaga-vaga-vagabundo
A tua falsidade é profu-funda
Tu tu tu tu tu tu vais
Tu vais ficar corcunda!
Teu coração tu tu tu me entregaste
Mas depois de mim tu toma-ma tu toma-maste
A tua falsidade é profu-funda
Tu tu tu tu tu tu tu tu tu tu vais
Tu vais ficar corcunda!!
Tu tu tu tu tu tu tu tu tu vais
Tu vais ficar corcunda!!
Tu tu tu tu tu tu tu tu tu vais
Tu vais ficar corcunda!!
Quiz musical #04
dificuldade=3/5
"(...)
Eu gosto dos que têm fome
dos que morrem de vontade
dos que secam de desejo
dos que ardem..."
terça-feira
Sinopse de Manuela, Cravo e Canela.
Manuela, Cravo e Canela é uma pequena novela que narra a história, por vezes atribulada, por vezes dramática, por vezes desastrosa, outras vezes alegre, algumas vezes com prazer; de uma brasileira caipira que vem de uma terra no interior do Brasil com uma mala à frente e outra atrás, para Portugal.
É uma novela tri-legal!
segunda-feira
Eu não atinava em nada
Hoje eu sou Manuela
Manuela ê meus camaradas
Eu nasci assim eu cresci assim e sou mesmo sim
Vou ser sempre assim Manuela, sempre Manuela
Quem me baptizou quem me nomeou
Pouco me importou é assim que eu sou
Manuela sempre Manuela
Quando eu vim para esse mundo
Eu não atinava em nada
Hoje eu sou Manuela
Manuela ê meus camaradas
Eu nasci assim eu cresci assim e sou mesmo sim
Vou ser sempre assim Manuela, sempre Manuela
Quem me baptizou quem me nomeou
Pouco me importou é assim que eu sou
Manuela sempre Manuela
Manuela sempre Manuela
Eu nasci assim eu cresci assim e sou mesmo sim
Vou ser sempre assim Manuela, sempre Manuela
Eu sou sempre igual não desejo o mal
Amo o natural etc e tal
Quiz musical #03
dificuldade=2/5
"(...)
The greatest thing you'll ever learn
Is just to love and be loved in return"
sexta-feira
Quiz musical #2
dificuldade=4/5
"(...)
Je te le jure
tu as ma parole
je te dis la vérité
je t'explique cequi s'est passé
dis moi je ne suis pas si conne
tu es comme moi comme moi
je te dis la vérité
j'en suis bien fachée(...)"
quinta-feira
Hoje uma pérola linda e desdentada faz sete anos.
Eram cinco da tarde de um dia, numa altura em que tinha duas tardes livres por semana, não ia ao atelier e ficava em casa a dar explicações, ganhava muito mais dinheiro nessas duas tardes do que na semana inteira no atelier e assim ainda tinha duas tardes por semana em que podia ir buscar as doidas à escola.
Nessa tarde não estava nos meus melhores dias, nem me lembro muito bem porquê, mas também eu tenho cá uma tendência para não estar nos dias que são meus, ou porque a explicação correu mal, ou porque ela isto ou porque ela aquilo, ou porque o Benfica não joga nada à bola, ou devido a outra coisa qualquer sem importância nenhuma.
Chego à escola, a funcionária desconfia de que eu tenha autorização para levar as miúdas, era a primeira vez que me via, tem a atitude correcta, pede-me para ir falar à directora, a coisa lá se resolve com um telefonema para a minha irmã. E eu que já não estava nos meus dias, ainda fico mais mal disposto, estupidamente.
Vejo que a doida mais doida que eu, não vem com boa cara, parece chateada com a irmã mais velha.
Entramos os três no carro, cadeirinhas no sítio, cintos de segurança colocados, estamos prontos para a grande viagem de cinco minutos, arranco, não estava para grandes conversas.
- dá-me essa garrafa!!
- não dou.
- mas eu quero a garrafa.
- mas eu não quero te dar.
- mas preciso da garrafa!!!
estás a ouvir?
eu preciso da garrafa.
Depois de ter ouvido a palavra preciso umas quantas vezes, rebentei.
- porra já chega, tu não precisas coisa nenhuma dessa garrafa, tu só precisas de um lugar abrigado para dormir, de alguma coisa para comer e beber, e de um lugar para cagar e fazer xixi, não precisas de mais nada!!!
Trinta segundos de silêncio dentro do carro.
- estás enganado!!!
Olha-me esta, com cinco anos de idade a dizer-me que estou enganado, é que não me faltava mais nada. Olho pelo espelho retrovisor nos olhos dela, a segurança e certeza do seu olhar desarma-me.
- então estou enganado porquê?
- também precisas de amigos!!
Paro o carro de imediato, e num só movimento, tiro o cinto de segurança e salto para o banco de trás, encharco a doida de beijos e abraços e digo-lhe que ela tem toda a razão, eu é que andava enganado.
Obrigado e Parabéns, doida mais doida que eu.
Quiz musical #1
(consiste em descobrir a música e o autor de um excerto de uma letra)
dificuldade = 1/5
"(...)
How can they look into my eyes
And still they don't believe me?
How can they hear me say those words
Still they don't believe me?
And if they don't believe me now
Will they ever believe me?
(...)"
quarta-feira
Ontem, perguntaram-me se eu gosto de Vinícius de Moraes.
A resposta foi sim é claro. Hoje voltei ao poeta, e surgiu uma pergunta em mim, será possível não gostar da poesia deste senhor e da música que a partir dela foi feita, quer por ele quer por seus parceiros, como ele gostava de chamar os seus amigos e companheiros de vida.
O documentário sobre a sua vida é maravilhoso, vale mesmo muito a pena ver.
Coloco aqui uma música dele de entre muitas que poderia colocar, não só porque gosto muito dela e do poema mas também porque gosto da forma como ele chama o pianista, no início, para tocar com ele.
Publico também uma imagem de um manuscrito, de um dos poemas mais belos que conheço do Vinícius de Moraes, obrigado por tuas palavras.
terça-feira
Apesar de não parecer, não esqueças que as aparências enganam e nem tudo o que escrevo aqui é pessoal ou tangível. Muito do que escrevo por aqui é ficção, são partes de um outro todo qualquer. E qualquer semelhança com a realidade pode ser mera coincidência, às vezes não.
Sinto alguma tristeza por existirem muitas mais pessoas que vêm aqui apenas passar os olhos, na verdade muitos dos textos que aqui publico têm como intenção tentar gerar algum diálogo sobre os mesmos, pode ser abuso da minha parte, pode até ser egoísmo, ou simplesmente completa esperança ilusória, mas é esta a intenção da maior parte do que aqui coloco, tentar perceber através dos comentários de quem me lê, afinal como é que sou lido e de que forma o outro sente e entende o que escrevo.
O Problema é que tenho uma percentagem muito pequena de comentários comparado com o número de visitas, penso que sucede o mesmo em quase todos os blogs, talvez não o da Radar onde existem pessoas que por cada visita depositam por lá uns dez comentários de cada vez. A dizer a cor das cuecas e o número de pingos de chuva que caíram ontem, entre outras inutilidades do género.
Não me considero escritor de nada, penso mesmo que não tenho muito jeito para a coisa, dou imensos erros ortográficos e gramaticais, trato mal a língua portuguesa e se há alguém que não merece de forma nenhuma ser mal tratada por mim é a língua portuguesa. Mas gosto de escrever, gosto de tentar colocar em palavras o que sinto, o que imagino, o que vislumbro, o que observo, o que vivo e o que imagino que se pode viver. Gosto da palavra.
Podes questionar de que forma vou usar ou não usar os teus comentários por aqui, mas essa pergunta é em parte ridícula, não tenhamos duvidas de que todos nos influenciamos a todos, que estamos todos interligados e que mesmo sem palavras basta existir qualquer tipo de proximidade para nos relacionarmos de alguma forma e assim, ao existirmos na vida uns dos outros, nos influenciarmos. É óbvio que a tua presença vai sempre actuar na minha escrita, na minha maneira de ver, pensar e sentir o mundo.
Chego a pensar que só estamos aqui e agora para isso mesmo, para nos relacionarmos, para nos encontrarmos e para partilharmos a nossa vida uns com os outros.
Depois, quase diariamente, alguém me afirma eu ser uma pessoa que pensa e fala demais, e eu já acredito nisso, de tanto o ouvir depressa cheguei à conclusão que pela lei da probabilidade, é muito mais provável que a maioria tenha razão. E então talvez o melhor seja começar a pensar menos, falar menos e escrever menos.
segunda-feira
Eram cinco para as cinco da manhã, acorda afogado em suor, precisa de água. Lá fora a água finalmente surge do céu com o seu cheiro e a sua música. Levanta-se vai até à cozinha e bebe um copo de água cheio sem respirar. O chão está frio, nunca dorme vestido e as pantufas estão encaixotadas noutro lugar. Vai nu e descalço. Acordou com a respiração ofegante, estava a ter um pesadelo, fugia mas não se lembra bem de quem, estranho, sente que fugia de si mesmo mas estava sempre no mesmo lugar, perseguia-se a si mesmo, e esse ele perseguidor estava parado sempre no mesmo lugar também, a dois metros, dois passos, dois momentos.
Às cinco da manhã entraste no meu sonho, com o teu corpo pequeno e redondo, moreno e belo. Sonhado assim. Cessaste a perseguição, com um simples sorriso, um toque, um vestido que cai ao chão, um corpo vislumbrado desnudado, uma pele de caramelo suave, quente, um cheiro envolvente.
O ele perseguidor e o ele fugitivo finalmente encontrados dentro de ti.
Dormiu descansado até às nove da manhã, acordou com apetite, voltou à água, agora quente, que cai sobre o seu corpo atordoado.
- não penses mais nisso, vais ver que ele fez isso de ânimo leve.
dizem que fazer as coisas de ânimo leve é fazê-las sem pensar nas consequências, e é tão bom fazer um monte de coisas sem pensar no: e depois?. e tão bom seria se as consequências fossem sempre boas. na interligação evidente dos eventos, na relação mais que íntima entre causas e efeitos, existem aqueles momentos, os momentos onde o ânimo está tão leve que até o corpo flutua.
sexta-feira
Quero escrever-te o corpo todo, o acto de escrever é libertador para mim, entrego-me de corpo e alma ao acto de escrever, ao escrever vivo e ao escrever ajudo a minha memória a arrumar as coisas no seu devido lugar, um lugar belo e de fácil acesso para mim.Quero escrever-te toda, guardar as nossas palavras na memória da tua pele, senti-la arrepiar-se ao toque do adjectivo, sentir-te estremecer na vibração do verbo, pousar junto a ti no planar das reticencias terminadas no teu umbigo.
quinta-feira
Tagarela. Fala-barato. Desbocado. Linguareiro. Inconveniente. Fala pelos cotovelos. Linguarudo. Falador. Verboso. Declamador. Mexeriqueiro. Coscuvilheiro. Loquaz. Palrador. Indiscreto. Orador. Enfático. Exagerado. Mas Gago.
quarta-feira
terça-feira
Não vejo mais você faz tanto tempo
Que vontade que eu sinto
De olhar em seus olhos, ganhar seus abraços
É verdade, eu não minto
E nesse desespero em que me vejo
Já cheguei a tal ponto
De me trocar diversas vezes por você
Só pra ver se te encontro
Você bem que podia perdoar
E só mais uma vez me aceitar
Prometo agora vou fazer por onde nunca mais perdê-la
Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho
Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
e te querendo eu vou tentando me encontrar
E nesse desespero em que me vejo
já cheguei a tal ponto
de me trocar diversas vezes por você
só pra ver se te encontro
Você bem que podia perdoar
E só mais uma vez me aceitar
Prometo agora vou fazer por onde nunca mais perdê-la
Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho
Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
e te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho
Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando me encontrar
segunda-feira
A interdependência é tão óbvia, é tão simples sentir e perceber que tudo está interligado e que sempre algo leva a alguma coisa que por sua vez faz algo acontecer.
Em consequência a uma gripe, das antigas, que me apanhou, como já não era apanhado há muito tempo. Passei uma noite de sexta-feira em casa.
Uma opinião especializada disse-me que a minha gripe, por sua vez, era consequência de eu não comer fruta há algum tempo, mas tem sido tão difícil encontrar boa fruta, e quando a encontro não consigo lhe deitar a mão.
Passei a noite de sexta-feira em casa a ver televisão, e em consequência disso, tive a perplexidade de assistir a um programa de seu nome: Doutor preciso de ajuda. Programa extraordinário, que me abriu todo um novo horizonte para uma realidade que já mais tinha imaginado existir.
Em consequência a essa perplexidade, ideias começaram a surgir em mim.
Penso que o programa tem qualidade mais que suficiente para criar escola, assim mais ou menos como o C.S.I., que deu origem ao C.S.I Miami e que bem poderia influenciar o C.S.I. Moscavide.
Assim, deixo aqui algumas sugestões para outros programas do género:
- Contabilista, Preciso de Ajuda – seria um programa onde pessoas individuais ou colectivas, que queiram fugir aos impostos, e quando digo fugir obviamente estou apenas a dizer pagar menos que o justo e legal, encontrariam ajuda especializada para atingir esse fim. Poderia existir sempre também o funcionário da repartição que é facilmente subornável, entre muitas outras situações de interesse que iriam certamente agradar ao público e assim dar audiência.
- Advogado, Preciso de Ajuda – na mesma linha de raciocínio seria um programa onde pessoas que queiram se safar à justiça encontrariam o apoio necessário. Poderia servir também para aproximar os cidadãos do sistema judicial e melhorar a imagem do mesmo nos portugueses. Afinal a justiça não é uma pobre coitada ceguinha que caminha tão devagar que nunca apanha ninguém que saiba correr e se esconder, mas que quando apanha os desprevenidos é implacável.
- Padeiro, Preciso de Ajuda – seria um programa onde as pessoas que já não aguentam mais, comer pão quadrado, seriam ajudadas a encontrar os lugares ideias para adquirir pão amorfo e onde até poderiam aprender a fazer bom pão com uma forma qualquer.
- Assassino, Preciso de Ajuda – Queres ver-te livre do patrão? Queres que a tua mulher desapareça de vez? Já não suportas mais a tua sogra? Queres-te vingar do porteiro daquela discoteca? Vem ao Assassino, Preciso de Ajuda.
- Puta, Preciso de Ajuda – não carece explicação.
- Deus, Preciso de Ajuda – não pode ter explicação
- Arbitro, Preciso de Ajuda – toda a gente sabe a explicação.
- Anti-Pulgas, Preciso de Ajuda – programa dedicado a quem é estúpido o suficiente para dormir com o cão.
- Querida, Precisas de Ajuda?
sexta-feira
quinta-feira
quarta-feira
Estarei a ficar doido? Ou é apenas uma questão de ignorância? Tenho um palpite que ninguém vai acreditar em mim, mas posso provar que é verdade o que vou passar a contar.
O meu telemóvel está muito estranho, tem sido fonte de grande inspiração para o que ando a escrever e a viver, mas existe certa pessoa que sempre que me envia uma mensagem, eu ao invés de receber uma, recebo cinco. Já aconteceu várias vezes, na verdade a primeira mensagem que recebi dela, veio sozinha, mas a segunda veio acompanhada da primeira. Li a primeira primeiro e pensei: esta rapariga não anda bem, então manda-me a mesma mensagem outra vez? E depois li a segunda, essa sim nova. Ao ler a segunda mensagem, a cópia que tinha recebido da primeira apagou-se sozinha.
Ao receber a terceira mensagem, ela vinha acompanhada das duas primeiras, que voltei a ler e ao ler a terceira, essa sim nova, as duas cópias desapareceram.
Assim acontece até ao número cinco, agora quando recebo uma mensagem dela vem acompanhada das quatro anteriores, como sou um rapaz um pouco doido, não sou capaz de não ir confirmar se são mesmo cinco mensagens novas ou se é mais uma vez as cenas dos capítulos anteriores, tem sido sempre as cenas dos capítulos anteriores e isto é muito estranho, parece que ando a viver as mesmas coisas, três e quatro vezes, depois não admira que as sinta viver com uma intensidade exagerada.
Isto será algum serviço de uma operadora? As cenas dos capítulos anteriores.
Será que também existe as cenas dos próximos capítulos?
terça-feira
Quando o elevador começou a subir, eu pensei que iria ficar sentado no largo do poeta zarolho à tua espera. E esperaria, coisa que odeio fazer, mas fazia, esperaria até mais que os quinze minutos de regra.
Iria ficar sentado na escadaria da estátua do poeta, por incrível que pareça, das poucas estátuas desta cidade que não olha em direcção ao Tejo, mas o poeta era zarolho, compreende-se. Iria ficar virado na mesma direcção que ele, para a saída do metro da Baixa Chiado, pressentia que seria dai que virias e queria ver-te caminhar do Chiado ao Bairro Alto.
Pode ser um momento de rara beleza observar uma mulher caminhar, e a forma como caminhas diz sempre muito de ti.
O carro ficou no piso -3 e não posso afirmar com certeza quanto tempo o elevador levou a fazer a viagem, posso no entanto afirmar que das mil e uma maneiras que te imaginei, vires do Pessoa ao Camões ao meu encontro, em todas elas estavas bela e caminhavas com poesia.
Mas depois a porta do elevador abriu, e tu já lá estavas. A trinta passos de mim, com o poeta zarolho entre nós.
Não vi o largo, não vi os poetas, não vi a noite, não vi ninguém, assim que a porta abriu, vi-te, a ti.
Vi, afinal seria tudo ao contrário, fui eu que caminhei ao teu encontro, a meio caminho olhei o poeta por segundos e voltei a olhar para ti, estavas de braços cruzados, olhavas directamente e aparentemente fixamente para mim, assim que a porta abriu.
Sorriste.
Por mais que imagine como vai ser a realidade, ela teima sempre em ser diferente daquilo que imagino, algumas vezes teima em ser muito melhor.
A.I.H.C
A A.I.H.C que engloba namorados, noivos, casados, etc., vem a publico com o objectivo de tentar diminuir a burocracia existente no relacionamento Homem – Mulher.
Sendo este um problema de origem feminina, em virtude da sua natureza de interpretações equivocadas e de um pseudo – complexo de Inferioridade e com o objectivo de economizar tempo, dinheiro e evitar discussões inócuas e sem sentido, comunicamos o seguinte manifesto:
QUERIDAS MULHERES:
Se pensas que estás gorda, é bem provável que estejas. Não me perguntes.
Não responderei!
Se não te vestes como as modelos de roupa intima, não esperes que eu me comporte como os galãs das novelas.
Se queres algo, precisas de pedir. Deixemos isto bem claro: as Indirectas subtis não funcionam; as indirectas directas não funcionam; as indirectas muito obvias também não funcionam . Diz as coisas tal como são!
Se fazes uma pergunta para a qual não queres resposta, não te zangues ao ouvir o que não queres!
As vezes, não estou a pensar em ti. Nada está a acontecer. Por favor acostuma-te a isto. Não me perguntes no que estou a pensar a menos que estejas pronta para falar de temas como politica, económia, futebol ou carros desportivos!
Domingo é dia de churrasco, amigos e desportos na tv. É como a lua cheia ou a maré. Não pode ser evitado!
Ir as compras não é divertido. E nunca o vou considerar dessa maneira!
Quando temos que ir a algum lado, qualquer coisa que vestires está bem. Verdade!!!!!
Tens roupa suficiente. Tens sapatos demais. O choro é chantagem.
A maioria dos homens tem três pares de sapatos. O que te faz pensar que eu sirvo para decidir qual dos trinta pares que tens FICA melhor com aquele vestido?!
Um simples SIM ou NÃO são respostas perfeitamente aceitáveis para qualquer pergunta!
Fala – me dos teus problemas somente se quiseres ajuda para resolve-los. Para isto sirvo. Não me peças empatia como se eu fosse uma das tuas amigas!
Uma enxaqueca que dura 17 meses é um problema. É melhor ires ao médico.
Se alguma coisa que eu disse puder ser interpretado de várias formas e uma delas te deixou triste ou zangada, a minha intenção era dizer a outra!
Todos nós, HOMENS, não vemos mais do que 16 cores. Salmão é um peixe, não uma cor.
Se eu tiver comichão, coço-me. Não importa quando, onde , nem á frente de quem!
A cerveja emociona-nos. Tanto como as carteiras a vocês!
Se eu perguntar o que é que se passa e a tua resposta for NADA, a minha reacção será como se NADA estivesse a acontecer!
Que diabos é a cor fúscsia? E mais…como diabo se escreve isto?!
Não me perguntes: AMAS-ME. Tem a certeza que, se não te amasse, não estaria contigo!