Diário de Valquíria Gondul
#04
Lisboa, 7 de Março de 2008
Quem sabe irás ser
Remetente da matéria
Prima que irá crescer
Fruto de mim, etérea
Nunca sequer o desejei
Nasceu comigo a finalidade
Sou fêmea e ousei
Desafiar a maternidade
Sou já minha mãe
E não encontro vontade
E pai também
Sou sozinha sem finalidade
Não sei me alimentar
Como quando tenho vontade
Como poderei amamentar
No meu seio outra finalidade.
E apesar da biologia
Relógio com hora marcada
Vivo a minha utopia
Nunca serei frustrada
Valquíria Gondul.
sexta-feira
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