sexta-feira

Vamos sentir tudo, vem.
Eu tenho medo de tudo, porem.
Uns sabiam que nada sabiam,
Eu não sei o que sabia ou não sabia.
Mas sei aquilo que sei,
Hoje, sei que quando caminho, piso o chão.
Eu sinto tudo
E as tuas asas são brancas
Afinal sou eu que quebro o meu coração
Tu, quem me segura a mão, que abraço.
Vamos voar, é que hoje eu sinto tudo
E o mundo é redondo.
Vamos entrar neste carrossel
Não importa se a verdade mente
Que força tem o cansaço?
Esquece o depois, olha-me nos olhos.
A razão não se tem, nem se encontra
Sente-se apenas.
Sorri, o teu olhar ilumina o meu caminho
Ou outra coisa qualquer, nada importa.
Quando sorris e olhas para mim.
Afinal o tempo pára
O espaço apesar de infinito, é circular
Conduz-me sempre ao mesmo lugar.
O teu olhar.



Feist - I Feel It All

I feel it all I feel it all
I feel it all I feel it all
The wings are wide the wings are wide
Wild card inside wild card inside
Oh I'll be the one who'll break my heart
I'll be the one to hold the gone
I know more than I knew before
I know more than I knew before
I didn't rest I didn't stop
Did we fight or did we talk
Oh I'll be the one who'll break my heart
I'll be the one to hold the gun
I love you more
I love you more
I don't know what I knew before
But now I know I'm wanna win the war
No one likes to take a test
Sometimes you know more is less
Put your weight against the door
Kick drum on the basement floor
Stranded in a fog of words
Loved him like a winter bird
On my head the water pours
Gulf stream through the open door
Fly away
Fly away to what you want to make
I feel it all, I feel it all
I feel it all I feel it all
The wings are wide, the wings are wide
Wild card inside, wild card inside
Oh I'll be the one to break my heart
I'll be the one who'll break my heart
I'll be the one who'll break my heart
I'll end it thought you started it
The truth lies
The truth lied
And lies divide
Lies divide

segunda-feira

grande GARDEL!

terça-feira

"As sensações são os detalhes que constroem a história da nossa vida "
Oscar Wilde

quinta-feira

Bloco novo, ou post novo, a escrita de sempre, que evolui e volta atrás para resgatar ideias e sentimentos vividos no passado, para os contextualizar numa nova realidade e forma de sentir, e assim crescer dentro de mim e comigo, aprendendo a ser o que vou sendo na vida. Na mudança. E como é boa esta nova aceitação que existe em mim sobre a mudança.
Sou todos os dias diferente daquilo que fui, vivo na maravilhosa perplexidade do desconhecido, que vou no constante do sempre desvendando, estou vivo e melhor, sinto-me vivo.
Mas para não restarem duvidas, que fique claro hoje, tenho consciência das variadas situações ou dos inúmeros acontecimentos ou dos prodigiosos abismos por onde caí no meu passado e dos quais ainda não consegui submergir plenamente. Também eu tenho os meus novelos de lã entrelaçados que muitas vezes geram conflitos interiores difíceis de aceitar ou gerir.
Mas vou tentando, principalmente hoje sinto que de nada vale tentar encontrar o limite da dor, lá no fundo. A dor não tem fim, se fores à sua descoberta para baixo, o fim da dor está sempre aqui, aqui em cima e é sempre para cima e para a frente que devemos olhar e caminhar.Levanta os olhos do alcatrão, observa o horizonte que te rodeia, vive a tua vida. É nesse lugar que está o fim da dor.

domingo

Continuo sem caber em mim...


Veste-o para mim, quero ver-te vestida com ele. Não te quero ver nua, de nada. Quero ver-te calçada com os teus pés, sentir-te vestida com as tuas ancas, se precisares ajuda para apertar as costelas junto à coluna vertebral, estou aqui. Mas quero ver-te por inteiro, vestida com o teu corpo, contentor mararvilhoso, do ser sublime que és. Não o dispas por favor. Entrega-te a ele, comigo.
Os teus seios, redondos, irmãos gemeos, falsos, asimétricos. Que juntos, apertados, formam uma linha recta, vertical, que cruza um semi-circulo, que ambos formam juntos e que termina por debaixo das tuas axilas, limpas, frágeis. que por sua vez são as parte inferior dos teus ombros, brancos, singelos. Ombros esses que sustêm os teus braços, batutas de uma musica enebriante, o teu falar.
lá fora o vento trás consigo umas pequenas gotas que soam no chão, e lembro a tua voz, em qualquer escala, afinada.
És uma aria, uma partitura, uma obra prima, um ser que desejo tocar, qual piano branco e preto, de madeira, quente.
És um ser vivo que respira, caminha e na minha realidade tangivel e imaginária vagueia.
O nosso toque vai ser arte.
Veste-o para mim.

sexta-feira

Não acredito em Mulheres Bonitas...
mas que as há, Há!!!

quinta-feira

Ainda estou aqui...


quarta-feira

Não faz muito tempo, alguns posts abaixo, escrevi que tinha O concerto da minha vida. Ontem a vida presenteou-me com outro. Ofereceu-me a pluralidade. Agora tenho dois concertos da minha vida.
Por melhor que tente escrever, não tenho capacidade para tanto. Não consigo simplesmente colocar em palavras o que senti ontem.
A felicidade atingiu climax's estonteantes e nesses momentos, quando conseguia olhar para o palco e para quem nele dava tudo de si, pela arte, pela partilha, pela mensagem, no fundo pelo Amor; via alguém tão ou mais feliz que eu.

Gostei de todos os concertos que vi ontem: Klaxons, The Magic Numbers, Bloc Party e ARCADE FIRE.

Mas Arcade Fire é definitivamente algo muito especial, em palco são inadjectiváveis, talvez notáveis, quem sabe brutais, e porque não geniais. Wim Butler canta, e grita, e fala com uma sinceridade e uma força interior que é contagiante. Régine Chassagne troca de instrumento, salta do acordeão para a bateria, passa pelo teclado, canta lindamente, está constantemente a penetrar em ti. E é linda a cachopa, é daquelas pessoas que tem uma beleza interior tão grande que ela extravasa para todo o lado.
Não contei, mas fiquei com a sensação de terem estado umas vinte pessoas em palco, a criar, ali, em directo.
Foi grandioso, tenho a certeza que ainda durante muito tempo vou escrever sobre este concerto, os pingos que do céu cairam durante o Wake Up, como que para lavar a cara ao acordar. Eu sei lá... fiquei completamente sem palavras.

LINDO.

Simples
Genial
Belo

segunda-feira

Um dia acordou e existia algo novo dentro de si. Apesar de sentir-se cada vez mais afastado da realidade que observava e o rodeava, apesar disso ou quem sabe, devido a isso, sentia-se cada vez mais perto de si mesmo. Ele era a novidade que existia dentro de si, nesse dia em que acordou.
Ganhou uma honestidade consigo que nunca tinha sentido antes.
E por momentos ainda lhe doia.
Ainda lhe doia a incapacidade de partilhar isso contigo, como sonhou um dia, e sonha.
E por momentos ainda lhe doia, o outro não ser a pessoa com que continuava a sonhar, o seu sonho narciso.
Fez mais de trinta anos que sonhou contigo, e já algumas vezes pensou ter-te encontrado. Teve essa ilusão, foi a felicidade e o encantamento que encontrou.
Até acordar vivia o presente descrente.
Era cada vez mais difícil acreditar que podes ser tu, essa pessoa.
Nada era, mas isso doia-lhe, logo, não era o nada, era a dor, a dor que sentia por nada sentir, por se sentir nada.
Se não fosse só ele a existir aqui, pensava, antes de realmente existir. Se tu existisses também aqui, sentia, antes mesmo de conseguir acordar, para além do sonho, para além da realidade.
E se a realidade existisse? e se fosse feliz? sem o sonho, e se conseguisse por uma vez, pelo menos uma vez na sua vida, sonhar com algo completamente irreal ou sonhar acordado.
Era o desejo a infectar o seu sonho e a sua realidade. não encontrou forças nem maneira de terminar com esse desejo que o perseguia, que o acompanhva sempre, desde sempre, em qualquer lugar. Esse desejo profundo de te encontrar ou de ser encontrado por ti, por ti meu Amor, meu Amor eterno, de sempre, desde sempre.
E não era apenas o desejo que existia nele, era a expectativa também, cada vez maior, qual bola de neve. Que a cada desilusão aumentava.
E era o medo, um medo terrível de que a vida fosse apenas e nada mais que uma sequência finita de desilusões, ou que o seu sonho fosse sempre maior que a realidade, logo irrealizável.
Era o outro que não conseguia abraçar e aceitar ou mesmo observar, o outro como ele é.
Era essa imensa vontade de criar e ver poesia em tudo o que existe em si e ao seu redor.
É a beleza que o persegue. E com tanta facilidade vislumbra, mas não a conseguia sentir e viver.
Era esse ser, que sempre parecia acompanha-lo e complicar tudo. E todos os que chegavam perto, afirmavam ser complicado. E que existia em si.
Era o egocentrismo de só conseguir estar centrado no seu ser, no seu pensamento, no seu sentir, sentir narciso.
Mas não só a dor existia na sua vida.
Muitas mudanças boas foram acontecendo, e ele foi conseguindo senti-las, até sentir que tinha acordado. De um pesadelo brutal que tinha durado um tempo indeterminado.
Hoje é uma pessoa com facilidade no carinho, carinhoso, quando abraça não toca apenas, sente o corpo do outro, recebe o seu calor e consegue dar.
Já não mente a si mesmo, já não mente sobre a mentira ou a verdade, para confirmar uma afirmação anterior.
Já não tem pavor em assumir e mostrar os seus erros, ainda que continue a sentir-se um ser especial. Mas hoje é verdadeiramente especial para si mesmo, sem a necessidade da comparação.
Nos primeiros instantes, depois de acordar, ainda se questionou se não seria um problema de percepção, da sua percepção. Achou provável.

Depois sentiu o redondo vocábulo, Amor.

Quando consegues abrir-te à vida
Abraçar a beleza existente nela
Tudo ao teu redor és tu
Ficas completo
Existes.