Objectos dos dias atrás dos dias
Companheiros de um quotidiano quase sempre igual
Quase sempre insignificantes, mas sempre presentes
Mesas de café, sempre iguais, amórfas
Cigarros que se fumam sem prazer
Tempo que passa por passar, sem marcar
Espaços que se esquecem, mas ocupam lugar
Numa memória cheia de imagens esquecidas
Pesada, difícil de transportar
Porque existem poucas coisas com tanto peso como o vazio
E todos os dias são iguais, mais uns quilos de vazio
Que enchem, transbordam, corroiem a nossa infinita memória
E será que amanhã me lembro realmente desta mesa?
Ou será que ela vai apenas ocupar mais espaço
E fazer com que as mesas de amanhã sejam lembradas de igual forma
Quero viver cada momento
Lembrar cada sentimento
Lembrar cada cigarro
Sentir todos os cheiros
E Continuar…
Continuar a escrever em todoas as mesas desta minha vida
Vivida, sentado
segunda-feira
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