sábado

Esqueço sempre que a pressa é inimiga da perfeição.
Não consigo sentir ou perceber o tempo do outro.
E com isso, por vezes vou com o carro em frente dos bois, outras vezes, fico muito longe do lugar onde o outro se encontra.
Com Ela isso está a ficar claro, o que para mim já leva algum tempo, para Ela ainda nem sequer começou, ou existe, é como sinto.
O senhor de cabelos grisalhos chegou com uma cara triste, deve ser porque também sente que o curso não está a ser tão bom como puderia, o curso dos acontecimentos...
Na verdade, apenas falar ou teorizar sobre estas coisas, sem as praticar ou viver, torna tudo muito mais dificil, complicado e mesmo doloroso para as apreender, uma quantidade apenas, de conceitos e realidades que seriam obvias, se as sentisemos.
Na prática, o encontro com nós mesmos é muito mais forte, claro e limpo. É verdadeiro. Apenas na prática te encontras, na teoria... fujes de ti mesmo, a sete, ou sete mil pés.
Contudo, não vai ser fácil olhar para Ela com outros olhos, que não os de encantamento, os meus do momento. Enquanto continuar a vislumbrar tanta beleza nelA. Enquanto Ela continuar a aparecer, no lugar para onde olho.
Já percebi que pode não ser uma questão de tempo, a questão é que o meu tempo passa, mas eu continuo a ver a beleza.
E assim fica quase impossivel não me deixar embarcar, pelo mar a dentro da beleza, que vislumbro, que Ela planta no espaço e no tempo em que existe.

1 opiniões:

A disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.