A opinião mais interessante que recebi acerca deste meu espaço, veio de alguém que não esperava, e foi de que a minha escrita no blog parece ser sempre dirigida a alguém, alguém em particular e talvez sempre a mesma pessoa, particular.
Assim sendo, e como fiquei a pensar e a sentir um monte de coisas depois de ter recebido esta opinião, passo a tentar explicar e publicar aqui o que neste momento me vai na alma.
Na verdade escrevo quase sempre para alguém em particular, mesmo quando escrevo ficção, estou quase sempre a imaginar a pessoa ‘A’ ou outra qualquer a ler e tento sempre imaginar como será ler, o que escrevo.
Depois quase todos os textos publicados neste blog foram escritos a pensar em alguém muito específico e particular, quase sempre uma mulher, as mulheres fascinam-me e é quase sempre para elas que escrevo.
No entanto não é sempre para a mesma mulher, nem sequer é para a mulher com que sonho e por vezes consigo vislumbrar por entre os nevoeiros que nos envolvem, a todos.
Sei bem que a paixão é uma projecção dos nossos sonhos e desejos, num outro que por qualquer motivo parece ser o portador único e ideal para os mesmos.
Depois existem muitos textos e citações por aqui, que são simplesmente uma forma bela que encontro para transmitir através das palavras de outros que admiro, o que sinto no momento.
Já escrevi aqui sobre amigas, já escrevi aqui sobre antigas relações, já escrevi aqui sobre mulheres que nem sequer conhecia pessoalmente quando escrevi, já escrevi sobre irmãs, já escrevi sobre mulheres que me fascinam e me encantam num determinado momento da minha vida.
Mas o mais importante que hoje quero aqui deixar escrito é que apesar de escrever sempre para alguém, o que este ano e tal de blog já me ensinou é que na verdade sou tão egocêntrico que escrevo é mesmo para mim, ultimamente tenho tido imenso prazer em ir ler as coisas mais antigas que aqui publiquei, perceber que dei inicio a este blog para ele ser um diário, que queria fazer uma critica irónica aos blogs das pessoas que escrevem hoje aconteceu-me isto ou aquilo, queria fazer uma brincadeira com o tornar possível ser publico um diário. E depois de um ano e tal este espaço acaba por ser isso mesmo, mas para mim e apenas para mim, porque apenas eu sei o que sentia nos momentos em que escrevi o que escrevi, porque apenas eu vivo a minha memória sendo ela um retrato fidedigno ou não da realidade que no passado foi tangível, porque por mais que tente e consiga partilhar a minha vida, apenas eu a vivo.
Mas não tenhas dúvidas, é para ti que lês que eu escrevo.
segunda-feira
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2 opiniões:
oh seriously!?
verdade mesmo, podes acreditar nunca me tinham falado do meu blog como o fizeste e fazia já algum tempo que ninguém falava de mim de forma tão verdadeira e sensivel, apesar de assinares como niguém, és alguém muito especial.
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