Mulher prevenida vale por duas?
ela - quero dar-te um beijo, posso?
ele - eh pá, tenho os lábios secos!
ela - não há problema, toma.
e deu-me um baton para o cieiro.
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6 opiniões:
amar faz mal ao figado!
deixar de amar é que faz mal ao figado. eu continuo a ser um romantico lamexas e estupido que acredita que o amor faz bem a tudo.
Há em tudo o que fazemos
Uma razão singular:
É que não é o que qu´remos
E viver é não pensar.
Se alguém pensasse na vida,
Morria de pensamento.
Por isso a vida vivida
É essa coisa esquecida
Entre um momento e um momento.
Mas nada importa que o seja
Ou até que deixe de o ser:
Mal é que a moral nos reja,
Bom é que niguém nos veja;
Entre isso fica viver.
15-9-1933
Fernando Pessoa
Nota Interpretativa sujeita a debate:
querer=razão
bom dia anónimo, não gosto muito do anonimato, mas adoro o debate.
este post que comentaste, não é nem de perto nem de longe o melhor que existe no meu blog para iniciar um debate comigo, no entanto a escolha do Poema bem como a do Poeta, talvez não houvesse melhor.
se por um lado concordo que a razão está na vontade, por outro acho que muitas vezes na vida aprendemos mesmo e crescemos e sentimos viver quando não fazemos o que temos vontade, porque somos seres cheios de dualidades e conseguimos sentir vontades opostas. outras vezes sentimos vontade de "A", mas pensamos que temos vontade de "B".
é a questão da intenção, dizem que o que conta é a intenção, a vontade por tanto, sempre regi a minha vida a pensar que o outro só me podia magoar se tivesse essa intenção, sem ela seria eu mesmo que me magoava, ainda penso assim mas a vida já fez o favor de me provar que não é tanto assim. já existiram pessoas neste mundo que me magoaram sem intenção.
não sou um ser moralista nem falso moralista, concordo com o Poeta quando diz que mal é que a moral nos reja, mas se ninguém nos vir tanto melhor, porque não existimos sozinhos e temos que perceber que as nossas vontades podem muitas vezes ter como consequencia o sofrimento do outro.
fico por aqui, muito mais há a escrever, fica para outro dia.
Referi que razão=querer, porque fiquei a sobrevoar a dúvida sobre o que é que o poeta realmente queria dizer. Tendo em conta que o querer está muito mais relacionado com o desejo/impulso do que verdadeiramente com a razão, o que não é o caso aqui, pois o poema leva-nos para uma vivência despreocupada livre das correntes pesadas dessa tirana. A dúvida é minha, o preconceito também quando afirmo que querer é desejo. Mas... penso que senti necessidade de colocar aqui um pouco do eco que o poema faz em mim...
Quanto ao anonimato, pura distração.... minhas sinceras desculpas
Estás completamente desculpo(a), assim o anonimato já não é completo.
escrevi um comentário enorme e a net caiu e perdi o que escrevi, não vou repetir.
O Poema a mim transmite-me um misto de melancolia e compreensão.
comprendo que viver sem pensar deve ser o melhor na vida, principalmente depois da experiência que tive com a meditação budista. melancolia porque gosto da memória, de ter boas memórias, de lembrar o passado e conseguir sentir felicidade, ainda não consigo viver completamente apenas o presente, nunca sei quanto tempo tem um momento e não sei viver entre um momento e outro. e tenho respeito pelas consequências, felizmente hoje é respeito, em tempos foi medo.
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