segunda-feira

O Tempo a marcar, que passa sempre, não espera, não adia, nunca adianta.
Não vale a pena, querer fazer do tempo outra coisa, outra coisa que não seja vivê-lo, Presente que existe, que está e é.
Esperar o Tempo ser certo, cair na espiral da ilusão.
Nada está para vir.
Tudo já passou.
Esperar ou adiar no Tempo, é sempre perder, perder Tempo.
O único que pode ser certo, o Presente.
Por vezes, quando pode ser sempre.
Algures, apesar de estar aqui.
Memórias, temos e são elas que nos formam,
Temos a forma que no Presente moldamos as nossas memórias.
A memória é uma argila, a argila de que somos feitos. Por isso o conceito, de maturidade. Por isso quantas mais memórias.
Mais matéria prima para nos criarmos, mais complicados nos tornamos, mais detalhados, mais pormenorizados, tantas vezes mais concretos, nítidos, por vezes mais verdadeiros.
Todo e qualquer Presente é passível de ser transformado em matéria e logo em argila.
Ao nos darmos por inteiro, sem reticencias...
Ao Presente.
Ao vivê-lo, com toda a essência e verdade, estamos a construir as memórias de amanhã.
Armazenar argila, que iremos utilizar, moldando-nos.
Principalmente nos momentos de dor e sofrimento.
Acabam por ser eles os instantes de maior produção.
Onde crescemos.
Quando nos recriamos e conhecemos.
Se passamos muito tempo sem nos darmos.
Quando o sofrimento aparece, ficamos quase sem matéria para crescer.
Corremos, o risco, de não mudar, não crescer, não evoluir, não aprender, não reconhecer.
Corremos, o risco, de ficar, ficar, ficar, na mesma, ficar, no Passado.

1 opiniões:

A disse...

Nó no estômago.
Nó na garganta.


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- Ana...
- Presente!


Beijos, L.